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Ainda em 2022, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) revela que as emissões globais médias de gases de efeito estufa (GEE) atingiram os níveis mais altos da história. Essa informação reflete um cenário mundial alarmante ocasionado a partir dos impactos ambientais e crise climática.

A urgência da redução das emissões de GEE no mundo associada à pressão para o uso de energias mais limpas como solução para o desenvolvimento sustentável traz a tona um termo cada vez mais discutido: a transição energética.

A transição parte do pressuposto que a geração e consumo de energia renovável é uma possibilidade para atender as demandas energéticas populacionais e proteger o meio ambiente dos danos já causados.

O que é transição energética?

O conceito de transição energética está atrelado às mudanças estruturais nas matrizes energéticas dos países a longo e curto prazo. Para que a transição ocorra, é necessário extinguir as fontes não sustentáveis de energia, substituindo-as pelas fontes de energia limpa.

O objetivo desse movimento é amenizar as mudanças climáticas e os danos causados com formas energéticas mais sustentáveis e ainda assim, atender as demandas da população.

Esse pensamento demonstra que existe uma preocupação com os efeitos que o atual modelo de geração e consumo de energia traz para o meio ambiente e para a sociedade.

O cenário atual brasileiro e suas possibilidades

No que diz respeito a utilização de fontes renováveis, o Brasil ocupa uma posição favorável em relação a outros países. Isso ocorre, pois estima-se que 46,1% da matriz energética brasileira é oriunda de energias renováveis e a expectativa é que, até finalizar o ano, o segmento aumente sua participação em até 46,4% de acordo com o levantamento divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Com isso, o uso de fontes renováveis no Brasil já é três vezes maior do que o mundial.

A particularidade do Brasil, é que a abundância de recursos naturais permite que os recursos sejam muito bem explorados e existe muito espaço para inovação. As oportunidades ocorrem principalmente na região Nordeste do país que ganha vantagem competitiva na geração eólica por apresentar ventos fortes, constantes e unidirecionais e, na geração solar, por apresentar os maiores índices de radiação média e as menores variações de incidência solar durante o ano no país.

Entendendo os desafios

Embora promissores, esses números podem melhorar. Para que a transição energética de fato aconteça, o país precisa abandonar de vez as fontes de energia poluentes que ainda utiliza. Esse cenário só é possível com ações de planejamento de longo prazo e políticas específicas com esforços governamentais em conjunto com empresas e instituições. Isso com certeza será o primeiro passo para estimular o desenvolvimento de novas tecnologias e mudanças na geração e armazenamento.