Dia: 20 de março de 2017

material_eletricoA segurança em instalações prediais residenciais é uma responsabilidade de todos, de usuários a profissionais, cada qual em parcelas iguais.

Falar sobre este tema, abordando com uma linguagem fácil, não deveria ser raro como vemos por aí, deveria ser uma constante no cotidiano de usuários e profissionais mas não é assim que temos visto. Apesar de vasto material técnico espalhado pela internet poucos são os usuários que realmente entendem a linguagem ali exposta.

Sempre trago minhas contribuições de modo a enriquecer o debate que deve ser amplamente discutido, muitos pontos devem ser levantados e cada vez mais devemos envolver nestes diálogos os usuários da eletricidade, e temos que ter claro conosco que todos nós somos usuários da eletricidade.

Nós usuários interagimos com eletricidade de tal maneira que mal a percebemos e talvez este seja um dos maiores motivos para subestimar o perigo real que ela representa se de maneira errada a manusearmos. Precisamos entender que somos a linha de frente para detectar os primeiros sintomas de problemas em uma instalação elétrica e repassá-los de maneira clara aos profissionais, quando estes forem acionados para a solução.

Alguns sintomas são facilmente detectáveis por qualquer pessoa e são eles:

Estes são os sintomas mais facilmente percebidos de que alguns problemas estão acontecendo e quase todos são ignorados pela grande maioria da população, em qualquer caso acima deve-se ser acionar um profissional para uma manutenção.

Cabe neste ponto uma reflexão para ambos os lados.

O profissional da elétrica residencial tem a responsabilidade de executar todos os procedimentos, seja o planejamento, a execução da instalação ou a manutenção dentro de todos os critérios estabelecidos pelas normas vigentes de modo a garantir a segurança do usuário e dos bens desta residência.

Uma máxima que tenho escutado muito por aí é a de que uma instalação elétrica dentro das normas fica caro. Eu por minha vez não canso de repetir para estes que esta instalação não ficará cara, ficará no preço justo, o preço que garantirá a segurança e qualidade da instalação, bem como uma redução nos custos da manutenção. Trabalhar de acordo com as normas não deve ser para o profissional um diferencial e sim o praxe.

De um lado usuários pressionam por menores preços, de outro o profissional de modo a “ajudar” o cliente corta etapas e processos para baratear a instalação.

Exemplos diversos de economia perigosa seriam:

Fica a reflexão que este barato, economizado nas instalações feitas fora da norma, sai caro quando o acidente acontece. A perda ocasionada em equipamentos pode ser revertida ou substituída, mas quando a vida é ceifada em um acidente com eletricidade, esta nunca poderá ser substituída.

O debate sobre este tema deve ser recorrente e de forma simples para atrair tanto usuários como profissionais a uma mudança de práticas, amadurecer este tema é um grande desafio que não pode nos derrotar.

Fonte: mundodaeletrica.com.br